A JUVENTUDE E A EDUCAÇÃO

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Tempos atrás, escutei em campanhas políticas palavras que pude guardar  para hoje relacioná-la com a educação brasileira: “A semente é boa, a terra é fértil, mas nem sempre se colhem frutos”. Os ensinamentos produzidos pelos educadores são bons, nossos educandos, quando bem trabalhados, tornam-se férteis, mas poucos frutos esta educação que um dia foi plantada, hoje se está colhendo. Qual seria o motivo desta colheita ser tão deficitária, tão prejudicada?

O sistema de governo que rege a educação, o educador que ensina ou o ser humano que não valoriza a educação que recebe?

Qual produto estaria se fazendo necessário para realmente fertilizar nossos  educandos?

Será que os nossos jovens, hoje não pensam no futuro? Se pensassem, acredito que teriam uma visão clara da realidade futura, não entrando mais nas escolas apenas para “curtir” coleguismos, depredação de instrumentos utilizados para sua educação ou desrespeito aos seus educadores.

Cabe, portanto, não somente ao educador, mas a toda família que possui um jovem recebendo educação, ampliar sua visão de mundo, reformar seu sistema de diálogos e mostrar a este jovem o valor que possui um conhecimento adquirido através de leituras, de pesquisas, da freqüente busca do motivo das causas, de diálogos interessados apenas ao ato de conhecer e saber mais.

A juventude atual crê, intensamente, que viver a vida é curti-la apenas, e nada mais.

Mas afirmo e comprovo, através das raízes que criaram este meu mundo, que a verdadeira vida está no ato de conhecer, de saber mais e mais, de aprender a dialogar, criticar, contestar, descobrir o momento oportuno para todo e qualquer ato, cantar e chorar não de forma vã e insana, mas com os sentimentos adequados aos verbos. Viver a vida é sim, curti-la, mas descobrindo a cada segundo de um novo dia, o que ainda desconhecia.

Li em Daniel Goldman, um escritor norte-americano, que as pessoas emocionalmente competentes – que conhecem e lidam bem com os próprios sentimentos, e lêem e consideram os sentimentos das outras – levam vantagem em qualquer campo da vida, seja nas relações amorosas e íntimas, seja assimilando as regras tácitas que governam o sucesso na política organizacional.

Já que estou me dirigindo apenas aos  jovens, lhes direciono também outra interrogação: será que estão sabendo lidar com os sentimentos, ou preferem apenas sentir o prazer de brincar com eles? E as suas vantagens futuras? Esqueceram que o tempo é um substantivo composto de passado, de presente, mas de futuro também?

A juventude jamais deixará de ser juventude quando os nossos jovens se emotivarem, incessantemente, na busca do conhecer. Conhecendo, aprenderão que velhice reina apenas no cérebro dos que pouco sabem ou simplesmente desconhecem

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